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31 de jan. de 2012

Inicio de temporada:quais a lesões ortopédicas mais frequentes no futebol ?!

CLINICS | Article:

Artigo da CLINICS aborda as lesões que ocorrem no futebol , que por muitos é considerado um dos esportes mais violentos levando atletas aos consultórios de ortopedia e muitas vezes chegando ao ato cirurgico corretivo para quem sabe um dia voltar aos gramados .Assim surge a necessidade de de saber as lesões possíveis e classifica-lás corretamente.

titulo:The Brazilian Football Association (CBF) model for epidemiological studies on professional soccer player injuries

autores:Gustavo Gonçalves Arliani I , Paulo Santoro Belangero I , Jose Luiz Runco II , Moisés Cohen I





Tradução

Tabela 5 -Classificação dos tipos de lesões.

Traumático
torções/lacerções: -Entorse aguda dolorosa ou laceração dos ligamentos ou cápsula de uma articulação
estresse -Distensão por lesão distração aguda de músculos e tendões
contusões :-Lesão contusão que não perturbar a integridade da pele causada por um golpe para o corpo
fratura: -Fratura traumática quebra ou ruptura de osso
ferimentos -Lesão ferida que rompe a pele, incluindo cortes, arranhões e feridas de punção
deslocamentos: -Deslocamento forçado de separação e desalinhamento dos ossos em uma cavidade articular
outras :-Lesões outras não classificadas em outra parte

Uso excessivo
-A síndrome de dor do sistema músculo-esquelético, com início insidioso e sem qualquer trauma ou doença conhecidos que pode ter rendido sintomas anteriores



comentários:

Programa

link para artigo completo:
http://www.clinics.org.br/article.php?id=571
ou
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1807-59322011001000007&script=sci_arttext

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APLICATIVO MÉDICO PARA IPAD: Netter’s Anatomy Atlas Free

APLICATIVO MÉDICO PARA IPAD: Netter’s Anatomy Atlas Free:

adaptado de : http://professorrobsoncosta.blogspot.com/2011/12/aplicativo-medico-para-ipad-netters.html

Que tal um dos mais famosos e utilizados atlas do mundo em formato digital e à sua disposição em todos os lugares para tirar aquela duvidazinha!!


Isso é possível com o Atlas Netter's  para iPAD.
 

Primeira aula do Medcel 2012 gratuita

30 de jan. de 2012

Icterícia neonatal fisiológica e Kernicterus. Quais as diferenças? - Saúde da Criança > abc.med.br

Icterícia neonatal fisiológica e Kernicterus. Quais as diferenças? - Saúde da Criança > abc.med.br:
adaptado de: http://www.abc.med.br/p/saude-da-crianca/254630/ictericia+neonatal+fisiologica+e+ke.htm

Icterícia neonatal fisiológica e Kernicterus. Quais as diferenças?


Afinal todos bebes ficam amarelos ou é alguma doença seria!!tire suas dúvidas nessa sessão !
Icterícia neonatal fisiológica e Kernicterus. Quais as diferenças?
O que é a icterícia neonatal?
A icterícia neonatal é caracterizada pelo aparecimento de uma cor amarelo-alaranjada na pele, nas mucosas, na conjuntiva e em outros tecidos do corpo, que ocorre do segundo ao quinto dias de vida do bebê. Ela comumente desaparece ao final do sétimo dia de vida.
Ela é um fenômeno fisiológico normal que afeta cerca de 80% dos recém-nascidos, sendo mais frequente e intensa naqueles bebês nascidos prematuramente. Embora seja um acontecimento simples não deve dispensar o acompanhamento médico em virtude da possibilidade de complicações graves.
O que é o Kernicterus?
Normalmente, a hemoglobina liberada pela destruição das hemácias (que são células com vida de pequena duração) é convertida em bilirrubina conjugada no fígado. Quando esse processo falha, seja por uma excessiva produção de bilirrubina, seja por insuficiência do metabolismo hepático, ainda imaturo, a taxa debilirrubina no sangue sobe muito e ela pode impregnar certos núcleos cerebrais, gerando uma encefalopatia bilirrubínica. Denomina-se Kernicterus às importantes sequelas neurológicas dessa encefalopatia. Ele constitui a principal e a mais grave das complicações da icterícia neonatal fisiológica.
Quais são as causas da icterícia neonatal?
A icterícia neonatal deve-se ao acúmulo de bilirrubina devido à grande destruição de hemácias do recém-nascido e liberação de hemoglobina, combinada com um metabolismo hepático ainda imaturo. É um mecanismo fisiológico normal, mas em alguns poucos casos pode ser expressão de uma patologia que requer tratamento.
Uma condição peculiar se dá quando existe incompatibilidade sanguínea entre mãe e filho. Por exemplo, se osangue da mãe é Rh negativo e o do bebê é Rh positivo.
Quais são as causas do Kernicterus?
Normalmente a barreira hematoencefálica é impermeável à bilirrubina, mas se a concentração dela subir muito, por alguma causa, pode romper essa barreira e depositar-se em certos núcleos cerebrais, ocasionando a morte de neurônios correspondentes, levando a um quadro clínico chamado Kernicterus.
Quais são os sintomas da icterícia neonatal?
Normalmente a icterícia neonatal não gera sintomas. O sinal mais claro, observado pelos pais e que deve ser avaliado por um médico, é a coloração amarelo-alaranjada da pele que começa nos primeiros três dias de nascimento e muitas vezes é notado primeiramente na conjuntiva.
Em geral, começa pela testa, nariz e tórax e vai descendo até os pés; desaparecendo no sentido contrário: pés, pernas, barriga, braços, tórax e testa.
Toda icterícia que ocorre nas primeiras 24 horas após o nascimento deve ser cuidadosamente investigada por um médico.
Quais são os sintomas do Kernicterus?
Descrevem-se quatro fases:
  • Fase I: hipotonia muscular, letargia e fraqueza do reflexo de sucção.
  • Fase II: espasticidade muscular com ocorrência de opistótono e febre.
  • Fase III: melhora aparente, com diminuição da espasticidade.
  • Fase IV: sinais sugestivos de paralisia cerebral, em torno de 2 a 3 meses de vida. Esse quadro pode resultar em morte, mas os sobreviventes podem, na fase crônica, desenvolver paralisia cerebral atetoide, perda da audição, displasia dentária, paralisia do olhar e deficiências no aprendizado, memória e comportamento.
Como se trata a icterícia neonatal?
As icterícias neonatais de baixa intensidade cedem espontaneamente, sem exigirem tratamentos. O aumento da frequência das amamentações e do número de evacuações ao dia ajuda na eliminação da bilirrubinaacumulada.
Casos em que essa acumulação é mais intensa (acima de 12mg/dL nas primeiras 24 horas ou 18mg/dL a partir do terceiro dia de vida), como nos casos de incompatibilidade sanguínea mãe-filho, por exemplo, ou outras patologias favorecedoras; o bebê deve ser internado para ser submetido a uma fototerapia (conhecido popularmente como “banho de luz”), a uma exsanguineotransfusão (transfusão de substituição do sangue do bebê por um sangue compatível) ou a outra técnica terapêutica específica.
Como se trata o Kernicterus?
O kernicterus é devastador, porém evitável. Depois de estabelecidas, as lesões cerebrais são irreversíveis. Por isso, os níveis de bilirrubina devem se monitorados e controlados pelo médico desde o início.
Todo bebê ictérico deve ser avaliado por um pediatra.
ABC.MED.BR, 2012. Icterícia neonatal fisiológica e Kernicterus. Quais as diferenças?. Disponível em: . Acesso em: 15 jan. 2012.
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29 de jan. de 2012

Eleições no Hospital Aroldo Tourinho




 
Lucilene Porto (Repórter)


Por nove votos a sete, membros do Conselho Curador do Hospital Aroldo Tourinho decidiram realizar, em até 30 dias, eleição para recompor apenas os cargos de diretor secretário e provedor do hospital. A outra opção seria a eleição para os três cargos, incluindo o de provedor ajunto, atualmente ocupado por Abílio Carmielli Filho. Mas esta opção porém foi rejeitada pela maioria dos conselheiros.


Com a decisão, Abílio Carmielli permanece no cargo até o final do mandato previsto para fevereiro de 2013.

Durante a votação, dezenas de funcionários se aglomeraram na porta do auditório onde ocorria a eleição. Dos 549, 495 funcionários assinaram um abaixo-assinado pedindo a permanência do atual provedor adjunto. Segundo eles, nos últimos meses houve melhoria significativa no hospital, principalmente em relação ao pagamento em dia de salários e 13º. Ao tomarem ciência do resultado da votação, aplaudiram a decisão.




Renúncia


No final do ano passado o então provedor, José Maria Marques, renunciou ao cargo alegando problemas de saúde. Na mesma ocasião, o diretor secretário Leonardo Linhares também renunciou para fazer um doutorado, ficando somente Abílio Carmielli no cargo de provedor adjunto.


Na semana passada, o Ministério Público emitiu parecer sugerindo a realização de eleição para preencher os dois cargos vagos. No entanto, a decisão não foi bem aceita por alguns membros do conselho que desejavam eleição para composição de todos os cargos, incluindo o de provedor adjunto. Foi necessária a realização de reunião para discutir qual medida seria tomada, sendo acatada a sugestão do Ministério Público.

Reunião Neurologia UNIFESP :30 de janeiro. Neurocirurgia trauma e tumores

28 de jan. de 2012

Resultado final dos aprovados Grupo 2 do vestibular da Unimontes

Divulgado resultado final dos aprovados nos cursos do Grupo 2 do vestibular da Unimontes:
Foi divulgada, na manhã de sexta-feira (27), a lista dos 455 aprovados nos 24 cursos do Grupo 2 do 1º Processo Seletivo/2012 da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). O resultado pode ser conferido em frente ao prédio da Comissão Técnica de Concursos (Cotec), no Campus Professor Darcy Ribeiro, juntamente com os nomes dos classificados na lista de espera. A relação está disponível, ainda, no portal eletrônico www.cotec.unimontes.br. No último dia 20, foi anunciado o resultado do Grupo 1, que teve 468 aprovados em outros 24 cursos.

As matrículas devem ser feitas nas próximas segunda (30) e terça-feira (31). Os aprovados nos cursos ofertados no campus da Unimontes devem se matricular no auditório do prédio 2. Já os calouros dos cursos ministrados nos demais campi do Norte e Noroeste de Minas e Vale do Jequitinhonha, nas secretarias setoriais. Entre os dias 2 e 5 de fevereiro, serão efetuadas as matrículas dos convocados em segunda chamada.

De acordo com os números divulgados pela Cotec, em primeiro lugar no Grupo 2 ficou Melida Mayara de Souza Carvalho, aprovada para o curso de direito. Com 223,75 pontos, ela alcançou o primeiro lugar geral no concurso (se comparados os dois grupos), que teve o total de 7.619 inscritos, concorrendo a 1.099 vagas em 48 cursos.

Ainda entre os primeiros colocados do Grupo 2 estão: em segundo lugar, Marcella Mareliza Silva Sá (210 pontos), aprovada em Odontologia (a mesma estudante foi aprovada para Medicina, ficando em terceiro lugar no Grupo 1); e em terceiro, Mariana Nascimento Maia (208). Todos foram inscritos pelo sistema universal de vagas.

25 de jan. de 2012

Musculação para idosos. Quais são os benefícios? - abc.med.br

Musculação para idosos. Quais são os benefícios? - abc.med.br:

Musculação para idosos. Quais são os benefícios?


adaptado de :http://www.abc.med.br/p/255445/musculacao+para+idosos+quais+sao+os.htm


E Então você que tem dúvidas se o vovô deve ou não fazer academia , tem aqui uma serie de respostas que incentivam a atividade que é para muitos pesquisadores o fator mais importante para evitar doenças e morte precoce , independentemente de outros cuidados.E é nessa fase que aparecem problemas decorrentes de um sedentarismo de longa data !
Musculação para idosos. Quais são os benefícios?
Os idosos devem praticar atividades físicas?
Até a pouco tempo pensava-se que o idoso não devia fazer exercícios. A musculação era vista apenas como uma maneira de adquirir um corpo bonito, musculoso e exuberante e praticada sobretudo por jovens. Mas esses conceitos vêm mudando radicalmente.
Na atualidade, a musculação é vista também como uma questão de saúde e de qualidade de vida e no idoso faz contrapartida à perda de massa muscular que tende a ocorrer nessa fase da vida, sobretudo nas pessoas sedentárias.
Qual o papel da musculação no organismo?
Descobriu-se que não é porque se envelhece que se pára, mas, ao contrário, que é porque se pára que se envelhece mais rapidamente. A antiga imagem passiva da “cadeira do vovô” vem sendo substituída pelaconcepção de uma vida mais dinâmica e ativa. Associada ao alongamento, a musculação melhora a flexibilidade, a força e o equilíbrio, reduz significativamente os riscos cardíacos, os riscos de quedas, aosteoporose e as incapacitações físicas, ajuda a prevenir ou solucionar o sobrepeso e melhora a postura e o condicionamento psíquico.
Algumas doenças que vêm junto com o envelhecimento como a osteoporose, a hipertensão arterial, odiabetes mellitus, as doenças degenerativas e as cardiopatias também podem se beneficiar dos exercícios. Assim, a musculação não só ajuda as pessoas a viverem mais como a terem uma melhor qualidade de vida.
Quando começar?
Com a progressão da idade, nossa estatura começa a diminuir, o arco do nosso pé se planifica, os desvios da coluna aumentam, a coordenação motora se faz mais difícil, o equilíbrio diminui, mais gordura é acumulada e perde-se massa muscular. A musculação pode minorar ou corrigir muitos desses males.
Quanto mais cedo ela for iniciada, melhores serão os resultados, mas ela pode ser começada a qualquer momento da vida, desde que os exercícios sejam perfeitamente adequados e orientados por um profissional habilitado e, de preferência, acompanhados por um personal trainer.
Antes de iniciar qualquer atividade física, o ideal é obter a avaliação e a orientação de um médico da usa confiança para evitar futuros problemas.
Quais são os principais benefícios da musculação para os idosos?
  • Aumenta a autonomia funcional da pessoa.
  • Permite retomar algumas atividades que já tinham sido abandonadas.
  • Em muitos casos complementa ou substitui a ação de medicamentos.
  • Fortalece os músculos e diminui a pressão sobre as articulações.
  • Ajuda na prevenção de muitas enfermidades como hipertensão arterial, diabetes mellitus, obesidade.
  • Melhora a auto-estima ao inserir ou reinserir a pessoa em novas atividades.
ABC.MED.BR, 2012. Musculação para idosos. Quais são os benefícios?. Disponível em: . Acesso em: 19 jan. 2012.
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24 de jan. de 2012

Lipoaspiração. Conheça mais antes de fazer .

Lipoaspiração. Conheça mais antes de fazer.

post adaptado de :http://www.abc.med.br/p/254920/lipoaspiracao+conheca+mais+antes+de.htm

Será que realmente funciona e quais os perigos da famosa "LIPO" que resolve o problema de auto estima para o verão (principalmente) naquelas mulheres que tem Pneuzinhos que as incomodam há anos e às vezes indissolúveis com dietas, exercícios e tudo mais!!
Lipoaspiração. Conheça mais antes de fazer.
O que é lipoaspiração?
Lipoaspiração é uma operação mediante a qual são removidas as células adiposas e agordura indesejada é retirada de partes localizadas do corpo. A gordura removida de um ponto pode ser injetada em outros, se assim for desejado, conferindo ao corpo uma melhor conformação. Esse procedimento é também chamado de lipoescultura. Contudo, há que se ter em conta que grande parte desta gordura (cerca de 80%) é reabsorvida dentro de um ano.
A gordura corporal pode depositar-se em vários tecidos do organismo, mas a maior parte dela fica no tecidosubcutâneo. Geralmente as cirurgias de lipoaspiração são feitas por motivos exclusivamente estéticos. As partes corporais mais comumente visadas são barriga, mamas, coxas, nádegas, pescoço, queixo (“papos”), flancos (“pneus”), cintura, joelhos e parte posterior dos braços.
Por que e como é feita a lipoaspiração?
A gordura corporal é acumulada nas chamadas células adiposas. A genética determina a maneira como ela é distribuída em nosso corpo. A gordura localizada dificilmente diminui com regimes alimentares ou com exercícios, mesmo que focados nesses locais, e necessita ser artificialmente retirada. O método mais usual de fazer isso é a lipoaspiração. Por ele, a gordura é sugada por um aspirador, através de uma cânula introduzida sob a pele, com o paciente anestesiado.
Dependendo da quantidade de gordura a ser removida e da extensão da área visada, a anestesia pode ser local, peridural ou geral. O prazo de internação geralmente varia entre 12 e 24 horas. O médico é o profissional adequado para fazer essas avaliações.
Deve ficar claro, que a lipoaspiração não é um tratamento para emagrecer, mas como retira uma grande quantidade de gordura do organismo pode melhorar a auto-estima do paciente.
Quais as complicações que podem ocorrer com a lipoaspiração?
A complicação mais comum nas grandes lipoaspirações é o seroma, um acúmulo de líquido claro, semelhante ao plasma, na região da intervenção, formando uma espécie de bolsa d’água. Isso pode ocorrer também em outros tipos de cirurgia e pode ser prevenido pela colocação prévia de drenos ou pela punção do líquido, geralmente sem prejuízo do resultado final da operação.
Outras complicações possíveis são hematomas, infecções, irregularidades cutâneas posteriores, tromboses, acidentes cirúrgicos ou anestésicos e distúrbios hidroeletrolíticos.
ABC.MED.BR, 2012. Lipoaspiração. Conheça mais antes de fazer.. Disponível em: . Acesso em: 19 jan. 2012.

Gestores paranaenses buscam experiência no Norte de Minas para regionalização do Samu


adaptado de :http://www.cisrun.saude.mg.gov.br/

De Minas para o Mundo: uma boa gestão muda tudo !

Na manhã da próxima terça-feira, 10/01, gestores da saúde de Curitiba/PR visitam o Samu Macro Norte e o Consórcio Intermunicipal de Saúde (Cisrun) para conhecer a experiência pioneira de regionalização do serviço de atendimento móvel de urgência do Norte de Minas. Entre os visitantes estão o presidente, a diretora executiva e técnicos do consórcio que está sendo organizado para gerir a regionalização do Samu na região metropolitana de Curitiba.

Além da visita ao Complexo Regulador Macrorregional, onde funciona a Central de Regulação do Samu, os visitantes também se reúnem com a comissão técnica do Cisrun buscando experiência no gerenciamento do consórcio, a forma como se dá a participação dos entes federados – municípios, Estado e União - na viabilização do serviço, e a lógica do gerenciamento da Rede de Urgência e Emergência do Norte de Minas, que atrela economia de recursos à promoção de saúde de qualidade aos usuários do SUS.

23 de jan. de 2012

Nicolelis promete surpreender cientistas com avanços na neurociência

'Novas descobertas vão surpreender até cientistas da área', diz Nicolelis

adaptado de: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0%2c%2cEMI284681-17770%2c00.html

Mais reconhecido cientista brasileiro fala sobre os avanços e desafios de seu robô movido a impulsos cerebrais.Sua pesquisa sobre interface cerebro maquina é comparada à odisséia espacial travada em tempos onde não se acreditava que o homem era capaz de tal feito!

por Tiago Mali
Editora Globo
Miguel Nicolelis explica o que falta para nosso cérebro controlar outros equipamentos
Foram sete horários remarcados até conseguirmos conversar sem interrupções com o cientista mais reconhecido do Brasil, numa noite de quinta-feira, às 20h30. Estava em rápida passagem por São Paulo dando palestras. Nos dias anteriores, em Brasília. Depois, nos Estados Unidos, e no Instituto de Neurociências em Natal.


“É difícil parar quieto”, comentou uma de suas assessoras. Viagens, encontros com políticos, empresários, médicos e pesquisadores de várias partes do mundo estão atrelados ao grande objetivo de sua vida: o projeto Walk Again. Nicolelis está criando uma rede de colaboradores com mais de 100 especialistas para construir um exoesqueleto robótico comandado diretamente pelo cérebro que poderá fazer com que pessoas paralisadas voltem a andar. Se conseguir, pode ser o primeiro passo da ciência rumo a um futuro comandado por ondas cerebrais. Na entrevista abaixo, ele conta o que já está sendo feito e quais são as perspectivas de que um protótipo seja lançado até a Copa de 2014.




Qual é o atual estágio das próteses que usam interfaces entre homem e máquina?
Surpreendentemente, já temos muita coisa. A gente pensa que isso é uma área do futuro, mas existem muitas tecnologias sofisticadas já usadas hoje por dezenas de milhares de pacientes. O de cóclea, por exemplo, fez muita gente no mundo inteiro pudessem adquirir um grau de audição que os permitem funcionar na sociedade. Há ainda outros, como a estimulação profunda do cérebro [que envia impulsos elétricos aos neurônios contra o mal de Parkinson], em que os pacientes estão respondendo bem. A tendência é que isso só aumente.



Algumas das próteses de última geração usam impulsos nervosos dos músculos. Você pesquisa isso com implantes cerebrais.
São dois caminhos que competem pela solução. Quando você vai no nervo periférico, o sinal e o controle já foi dividido entre os membros. Nem sempre isso permite uma prótese funcional. Há casos de pacientes amputados nos quais às vezes você não consegue recuperar alguns dos nervos, que são destruídos durante o processo e amputação traumática. Por isso desde o começo, há 12 anos nessa área, eu e outros colegas propusemos que você teria de fazer isso a nível central, porque lá no cérebro, no córtex, os sinais ainda estão lá, não foram divididos. O acesso que você tem a esses sinais lá é mais fácil do que ir atrás dos nervos.



Não é perigoso colocar um chip dentro do cérebro?
A cirurgia de implante é até que trivial porque precisa ir apenas alguns milímetros dentro do córtex, a camada mais superficial do cérebro. A questão toda é a biocompatibilidade desses eletrodos, se eles irão sobreviver durante vários anos. Experimentos em macacos mostram que a gente pode, sim, implantar e registrar esses sinais com algumas centenas de células já começar a reproduzir comportamentos motores bem importantes. A nossa ideia é que com alguns milhares de células registradas — isso depende de uma tecnologia que vai chegar agora nos próximos anos — a gente vai ter a capacidade de reproduzir movimentos corpóreos fundamentais. A precisão que se obteve com os membros até agora é uma precisão muito pequena, e é um trabalho muito grande para o paciente utilizar essas interfaces periféricas, mas é possível que no futuro você tenha modelos híbridos, que tiram vantagem, dependendo do tipo de lesão, das duas possibilidades. O problema também dos nervos periféricos é que em lesões medulares altas não sobra nenhum sinal trafegando pelos nervos, então fica complicado.




Como decodificar os sinais de vários neurônios ao mesmo tempo?
O cérebro em si, tem estimados 100 bilhões de neurônios. A primeira grande surpresa desses trabalhos todos foi que você podia obter alguns resultados interessantes com algumas centenas deles. A questão de aumentar o número de neurônios é basicamente uma questão de engenharia. Não é mais uma questão científica, é uma questão tecnológica, que está começando a ser desenvolvida com a criação de eletrodos de alta densidade, como os que a gente desenhou no nosso laboratório. Mas isso não é o maior obstáculo, eventualmente vão ser solucionadas as questões tecnológicas, porque existe uma demanda muito grande para a solução delas.

Veja também:
Qual é o maior obstáculo?
A questão fundamental é como ler esses sinais e o que fazer deles. Você precisa ter um mínimo de entendimento sobre o sistema para conseguir reproduzir ele. Isso que é o grande fator limitante. Além do que, você tem outro problema de engenharia muito grande, muito complicado, que é criar um corpo robótico novo. Porque esse corpo tem que dar sustentação ao corpo que não consegue se sustentar, tem que proteger o corpo, tem que permitir no corpo que os comportamentos motores sejam realizados sem nenhum risco para os pacientes. E estamos realmente só no começo. A primeira versão desse exoesqueleto não vai resolver completamente essas questões, vai oferecer soluções iniciais. Mesmo assim, acho que o avanço vai ser muito importante. Porque, para começar, isso vai estimular as pessoas a imaginar que isso é possível.


Em que estágio está a pesquisa do Walk Again?
Tem várias coisas que vão ser divulgadas brevemente, descobertas que vão ser publicadas nos próximos meses que vão ser surpreendentes. Eu não posso falar delas agora porque esse trabalho ainda está sendo revisado, mas posso garantir que quando os dados novos que nós temos forem publicados, vai ser uma surpresa grande mesmo para as pessoas que trabalham na área. Ao mesmo tempo, em paralelo, há um trabalho de engenharia muito desafiador que está sendo feito por parceiros nossos no mundo inteiro. A intensidade desse trabalho deve aumentar a partir do começo de 2012. Vamos ter que dedicar um esforço muito grande na confecção e na ligação desse exoesqueleto.



E os testes?
Só vamos realizar as demonstrações que nós temos planejados, caso ela tenha sido demonstrado categoricamente que seja seguro e que tenha um benefício muito grande para os pacientes. Isso tudo é um processo que seria, se a gente parasse para pensar num planejamento acadêmico, um projeto para 10 anos. Mas eu acho importante que a gente acelere. Isso porque o benefício que ele pode gerar é tão grande que é importante que a gente demonstre a viabilidade dele.



Nessas novas descobertas a serem publicadas já há testes com humanos?
Tudo corre em paralelo. Os resultados que eu to falando envolvem trabalhos que já foram feitos em pacientes tanto no Brasil quanto dos Estados Unidos que são relatados agora, são trabalhos de registro intra-operatórios. Nós construímos uma causuística muito grande com quase 40 pacientes ao longo dos anos que nós estudamos em neurocirurgias. Um número pequeno no Brasil, 12, um número maior, 28, nos Estados Unidos. Mas a experimentação animal não para. Mesmo porque as primeiras demonstrações com o exoesqueleto vão ser testadas em animais.



Quantos pesquisadores estão envolvidos no Walk Again?
Nós temos pesquisadores em 3 continentes. Há gente na Alemanha, na Suíça, nos Estados Unidos e aqui no Brasil. Temos mais de 100 cientistas de diferentes áreas: robótica, ciências da computação, neurociência, cirurgia... Nós estamos constituindo 2 novos institutos multidisciplinares em Natal que também devem ser anunciados brevemente pra dar conta da demanda de trabalho que nós vamos ter. Estamos também trazendo vários pesquisadores do exterior para trabalhar conosco, arregimentando talentos no Brasil em várias áreas e a ideia é nos próximos meses seguir um cronograma de realizar experimentações em animais que são vitais e começar a fazer estudos clínicos. É um projeto que eu costumo chamar de Brazilian Moonshot, o “tiro a Lua brasileiro”, porque em complexidade ele é comparável a levar alguém para outro planeta.



Dá mesmo pra conseguir até 2014?
Nós estamos com um prazo muito exíguo, né? Evidentemente, a metáfora que eu uso da Copa do Mundo, se a gente precisar fazer isso na Olimpíada, dois anos depois, não tem problema. O importante é atingir a meta. Eu quero muito poder chegar na Copa do Mundo e fazer uma demonstração e vamos colocar todo o empenho para isso. Mas isso não vai estar acima dos critérios científicos, de segurança, critérios clínicos para a coisa seja bem feita. Não vai ser a coisa final, porque vai evoluir muito depois disso, mas acho que dá para demonstrar claramente o potencial científico de se fazer um projeto desse tamanho no Brasil.



Os novos centros de Natal são para quê?
Vão ser centros multidisciplinares em áreas complementares à neurociência, mas muito mais voltadas a tecnologia de ponta. E o que a gente chama de estudos avançados. A primeira missão, com o instituto de neurociências em Natal vai ser voltada à área de tecnologia assistida. Mas a ideia é que esses centros desenvolvam sua própria identidade?



Como está essa divisão de responsabilidades do projeto?
A parte robótica está sendo feita pela equipe do professor Gordon Sheng, da Universidade Técnica de Munique. A parte de ciências da computação, avatares e ambientes virtuais ta sendo feita na Escola Politécnica federal de Lausanne, na Suíça. A parte de experimentos animais e de neurotecnologia está sendo feita no meu laboratório na Duke Univesity e vamos trazer partes desses experimentos neurotécnológicos para os campus do cérebro do instituto de neurocências de Natal.



Isso vai trazer mais projeção para o instituto.
A nossa ideia é que o Walk Again seja uma grande âncora do projeto da cidade do cérebro lá de Macaíba, não só em relação à pesquisa básica, mas também para alavancar um parque neurotecnológico que eu gostaria de construir.



Quais são os benefícios locais do projeto?
É muito parecido com o que aconteceu quando o ITA foi criado em relação a aeronáutica.Hoje temos a Embraer e outras empresas por conta disso. São José dos Campos é um grande exemplo do que esse tipo de ideia pode gerar. São produtos que vão contribuir para uma nova formação de uma academia, de uma nova sociedade e formação em termos de recursos humanos.



E para o Brasil?
O projeto Walk Again não é só voltar a andar, criar uma tecnologia assistida. Ele vai ser cercado de outros desenvolvimentos tecnológicos. Nós temos a chance de introduzir aqui no Brasil, por exemplo, uma nova terapia para a doença de Parkinson que ta se mostrando eficaz em estudos preliminares em macacos e seres humanos. Além disso, queria fazer do projeto Walk Again, um grande projeto educacional e científico, para estimular que as crianças da rede pública e privada se sintam co-proprietárias desse projeto. A gente quer que as crianças possam se ligar ao projeto, participar de decisões de assuntos científicos. Isso seria muito importante para a juventude brasileira em termos de autoestima.



Como o governo vai participar disso?
Tem parcerias, mas eu ainda não posso anunciar, que são anúncios oficias. Estamos em converasas constantes com o Ministério da Ciência e Tecnologia, o da Educação e o Ministério da Saúde. As conversas estão bem adiantadas. Estou muito otimista quanto a isso. Mesmo porque, se a gente demorar muito, não vai dar tempo.

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